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EXAMES
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POTENCIAIS EVOCADOS (PE)
Os Potenciais Evocados são um
conjunto de testes neurofisiológicos do sistema nervoso que
avalia funcionalmente os feixes/vias nervosas do Sistema Nervoso
Central e Periférico.
Objectivo
Os nervos/feixes nervosos transmitem e recebem
do resto do corpo, através do envio de sinais
eléctricos por toda a sua extensão. Estes sinais
podem ser registados por sensores à superfície
da pele, colocados estrategicamente sobre o
percurso do nervo e também do escalpe,
designando-se este processo por estudo de
potencial evocado. O neurofisiologista evoca,
desta forma, actividade neuronal do paciente
através de estimulação visual, auditiva ou
sensitiva, usando um choque eléctrico de pequena
intensidade. Este processo provoca alterações no
potencial eléctrico das fibras nervosas
exploradas. A análise do sinal ou dos
resultados, pode fornecer informação acerca da
condição das vias nervosas, especialmente as que
percorrem o cérebro ou a espinal medula. Podem
ainda indicar a presença de situações
patológicas, possuindo um valor localizador das
lesões nervosas.
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PREPARAÇÃO
O cabelo deverá estar limpo,
seco, e livre de qualquer produto como laca ou gel, bem como de
quaisquer adereços.
A roupa deverá ser
relativamente solta e confortável, evitando peças justas.
O paciente deve fazer as
refeições normalmente e tomar a medicação habitual antes do
teste, apesar de ser desaconselhada medicação sedativa, se
possível. É aconselhável entrar em contacto com o médico
responsável pelo exame para instruções ou aconselhamento
adicional.
CUIDADOS APÓS O EXAME
O teste é indolor e não tem
efeitos colaterais ou consequências significativas.
O paciente pode perfeitamente
voltar às actividades laborais ou outras actividades
imediatamente.
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Tipos
de Estudos
Existem, com
aplicabilidade corrente, 3 tipos principais de
estudos de potenciais evocados, todos eles realizados no
nosso Centro:
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Potenciais
Evocados Visuais (PEV) – usados para diagnosticar
défices visuais devidos a lesão do nervo óptico e vias
ópticas, processos desmielinizantes como na esclerose
múltipla, lesões vasculares, etc. São igualmente úteis
para diagnosticar “cegueira histérica” ou dissimulação,
em que a perda de visão não tem qualquer fundamento em
lesões nervosas.
-
Potenciais
Evocados Auditivos (PEA) – usados para diagnosticar
défices auditivos. Podem distinguir lesões ao nível do
nervo acústico (que transporta informação do ouvido até
ao tronco cerebral), ou défice na condução das vias
auditivas pertencentes ao próprio tronco cerebral. Os
PEA são úteis no diagnóstico do neurinoma do acústico
(tumor do nervo auditivo), em variadas lesões das vias
auditivas no Sistema Nervoso Central e nomeadamente no
tronco cerebral. São igualmente úteis para avaliar a
capacidade auditiva para altas-frequências, para
determinar morte cerebral, e para monitorizar funções do
tronco cerebral durante cirurgia. São ainda de grande
utilidade para avaliações da maturidade eléctrica das
vias em recém-nascidos, (sobretudo em prematuros) e na
detecção de lesões neonatais das vias auditivas e na
avaliação dos processos da linguagem.
-
Potenciais
Evocados Somatossensitivos (PESS) – avaliam a
transmissão nervosa dos impulsos nas vias
somatossensitivas dos membros (superiores e inferiores)
e até ao cérebro, e podem ser usado para diagnosticar
lesões ao nível das raízes nervosas, espinal medula e
encéfalo. Os PESS podem ser usados para distinguir
patologia central versus periférica, quando combinados
com estudos de velocidade de condução nervosa, em
troncos nervosos periféricos (nervos dos membros
superiores e inferiores nomeadamente).
Precauções
Os estudos de potenciais
evocados são indolores, não-invasivos, e sem qualquer risco
significativo. Os PESS envolvem estímulos eléctricos de
baixa intensidade, normalmente descritos como ligeiros
choques.
Descrição do exame
O responsável pela
investigação localiza e marca pontos estratégicos para a
colocação de eléctrodos ao nível do couro cabeludo do
examinando, ou no caso dos PESS, em outros locais da pele
sobre a espinal medula, ou sobre o trajecto dos nervos
periféricos. Estes locais geralmente são limpos com uma
pasta abrasiva, e é colocada uma pasta adesiva e condutora.
São, entretanto, fixados os eléctrodos.
Para os PEV, o
paciente concentra a sua atenção numa televisão que mostra
um padrão em xadrez. Os olhos são estimulados
individualmente, estando o olho não estimulado tapado com
uma venda. Cada olho é estimulado por duas vezes, sendo que
a duração total do procedimento ronda 45 – 60 minutos. Para os PEA, são usados auscultadores para estimular
individualmente cada ouvido, com uma série de cliques. O
ouvido não estimulado geralmente está sujeito a um som
estático ou dissimulador. Cada via auditiva é estimulada por
duas vezes e o procedimento geralmente demorar entre 30 a 45
minutos, podendo prolongar-se se forem também determinados
limiares auditivos. Para os PESS, são aplicados ligeiros choques de corrente
eléctrica sobre os nervos adequados dos membros superiores
e/ou inferiores. A duração do exame é variável (no mínimo 30
minutos, conforme o problema em estudo. O doente permanece
deitado durante a realização do exame).
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